
"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira"
Cecília Meireles
Cultivo de pensamentos, palavras ao vento, fotografia, imagens, vídeos e o que mais brotar nesse jardim.


Cada peça de mim não me contém
e eu não contenho nada pois sou peças
que apenas a memória finge um todo.
Se tudo faz sentido nada o faz.
Um todo me contém cada e a memória
não finge peças pois apenas sou.
Nada eu de mim contenho que não peça.
Se tudo faz o nada faz sentido.
Não peça apenas a memória um todo.
Contenho e sou pois nada não contém
cada eu que de mim me finge peças.
Se faz sentido faz o nada tudo.
Finge peças de mim pois sou-me um todo
e cada peça apenas não contém
a memória que não contenho nada.
Se nada faz sentido tudo o faz.