terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Les dangers du café

Adorei esse vídeo e essa chanson sobre café! Adoro café, mas sempre bebi moderadamente. É bem verdade que em local de trabalho ele faz sucesso e eu, quando estagiava, fazia uso diariamente... Prefiro café no fim de tarde ou à noitinha, sempre preferi o carioca, não muito forte, e era assim que o tomava lá. Porém, as diversas manhãs que compartilho com a Déa (todo dia de manhã ela faz um café fresquinho que não tem como resistir!) e a máquina maravilhosa de café que meu amigo Fernando tem em casa, me fizeram apreciar o café forte. Em casa, raramente tomo, acho que tenho preferência pelo café dos outros! rsrsrs Mas aos viciadinhos no líquido preto, cuidado! Atenção para les dangers du café!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Us

Assisti uns dias atrás a um vídeo caseiro lindo, mas que com certeza não seria a mesma coisa não fosse a música que o acompanhava. Fui atrás da dona daquela voz que lembra muito Björk e eis que encontrei canções maravilhosas, assinadas por uma jovem russa radicada nos EUA: Regina Spektor. Em suas músicas, influências dos mais variados estilos como rock, punk, folk, jazz, hip hop, música clássica, russa e judaica. Uma mistura que aliada ao seu trabalho vocal e a busca de sons alternativos, como uma baqueta betendo no piano ou numa cadeira, deu, ao meu ver, muito certo. Aí vai o clip da música Us (a qual fui apresentada no vídeo que assisti), dirigido por Adria Petty, que faz um trabalho genial de efeitos visuais.
Deliciem-se!
 



sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Carta à Babi

Ei! Você anda enchendo os vazios.
As pernas estão compridas...
parecem alcançar raízes.
Sinto o cheiro das tuas pegadas,
tem sabor de dias prósperos.
Quando é que tu vem mesmo, hein?
Hoje tem Roberto Carlos (todo ano tem...) -
o dia tá mesmo pra ficar em casa -
Caetano vai cantar com ele: Bossa Nova!
Sei que tu gosta. Vem!
Vi teus cabelos no sonho,
os cachos doirados não paravam de sambar.
A música mexia com tuas estruturas frágeis;
as notas ocupavam teus labirintos.
Precisa mandar derrubar algumas paredes.
De vez em quando é bom
colocar umas coisas à baixo!

Ps: Escrito um dia antes.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Resumo















"Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira"
Cecília Meireles

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

Dimanche



Au blanchir du matin
je sens déjà
l'odeur parfumer
de ton regard.
La musique déborde
sur le lit
encore dérangé
et le vent, douce,
se promène sur mon corp.
Éclabousées de tendresse
tes mains couvrent mon être
qui s'épanoui en amour.



Imagem: Gustav Klimt       

sábado, 6 de dezembro de 2008

Passa Tempo

Segunda-feira passei o dia com minha amiga Andréa, acompanhando com uma cybershot sua jornada diária. Entre Clarice (5 anos), almoço, e-mails e telefonemas, algumas pausas necessárias. Um desses registros pode ser visto em seu próprio blog: caderno da dea; o momento do café é sagrado pra ela, que é amante dessa especiaria.
Fotografar é outra coisa que adora fazer (algo em comum?). Depois de deixar a Clacla na escola, volta e meia tira um tempinho para o exercício. Seu momento agora são flores e foi, como podem ver, um desses que eu enquadrei. Mas há um outro passa tempo da Déa que já presenciei algumas vezes e que acho muito interessante pela rapidez com que faz. Já escutei outros comentários que partilham da mesma opinião e então resolvi registrar fazendo alusão ao tempo de execução. Claro que dei uma exageradinha.... Vejam aqui o resultado.


domingo, 30 de novembro de 2008

Fanfarra solidária

Como só descarreguei minha máquina fotográfica ontem (e gostaria de ilustrar o post) o comentário vai ficar um pouco distante do acontecido, mas não queria deixar passar. Há umas duas semanas estava passando pelo Largo do Machado e escuto o som de alguns instrumentos de sopro. O som me chama atenção e chego mais perto para ver; a banda se chama Globenote. Assim como eu, outros curiosos se aproximaram e uma platéia se formou para ver a tal banda que, depois fiquei sabendo, estava ali, não apenas para se divertir, levar um som e quebrar um pouco a rotina dos passantes, mas também para ajudar na divulgação de uma ONG que trabalha com crianças de rua. O ritmo da fanfarra tocado por jovens franceses levou aos ouvidos dos passantes não só boa música como a história do importante
trabalho realizado pela ONG "Se Essa Rua Fosse Minha", localizada na Rua Alice, em Laranjeiras. O SERFM é fruto de um projeto idealizado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e tem a função de atender crianças e jovens em situação de rua. A partir de atividades artísticas, lúdicas e esportivas, dentre as quais destaca-se o circo, a ONG procura dar a esses meninos e meninas uma alternativa de vida. A opção pela linguagem circense como estratégia de reintegração social e autovalorização encontrou parceiros como o Cirque de Soleil e a ONG canadense Jeunesse du Monde.
Leia mais sobre a ONG aqui.

domingo, 23 de novembro de 2008

Quarett, uma releitura de "Les Liaisons Dangereuses"


Assisti há alguns dias a peça Quartett, com a Beth Goulart e seu irmão Goulart Filho, fiquei com vontade de escrever alguma coisa, mas só agora parei para fazê-lo.
A peça é uma adaptação de 1981 do dramaturgo Heiner Müller, do livro Les Liaisons Dangereuses (1782), de Chodelos de Laclos, que também ganhou uma versão cinematográfica (de mesmo nome), com direção de Stephen Frears e atuação de Jonh Malkovich e Michelle Pfeiffer. O livro, escrito no séc. XVIII, foi influenciado pelo Iluminismo e retrata a decadência dos hábitos e costumes da aristocracia francesa em favor da liberdade de pensamento - que na peça restringe-se mais às questões morais ligadas aos sentimentos. Na adptação para o teatro, Müller não fez questão de situar a peça espaço-temporalmente, ateve-se, apenas, ao jogo dos dois personagens principais: Merteul e Valmont, que acabam por dar vida a outros personagens importantes da trama. Beth Goulart, é, então, Madame Merteul, a jovem inocente Cecile e ainda divide com o irmão o papel de Valmont. Goulart Filho interpreta o conquistador Valmont e Madame Turvel. A transformação dos personagens se dá em cena é um banho de interpretação!
Com direção de Victor Garcia Peralta a peça ganha contornos contemporâneos e os personagens formam mais um casal de cidade grande, onde a dissimulação dos sentimentos dos personagens ganha papel principal. O desejo toma a cena e move todo o enredo, ele é a base do jogo de sedução e interesses que trás consigo uma gama de sentimentos desagradáveis e dependentes, vivenciados pelos personagens. Para satisfazê-lo eles são capazes de corromper, reprimir, simular e assim manter o jogo das aparências - talvez o mais conhecido entre nós, porque vivemos numa sociedade extremamente hipócrita.
A peça estará em cartaz no Teatro Leblon até 20 de dezembro.

Leilão do Ar

Esse foi o título da primeira crônica de Carlos Drummond de Andrade, publicada no Jornal do Brasil em 2 de outubro de 1969. Em seu texto, Drummond revela sua perplexidade diante de um fato triste e obscuro. O governo de Castelo Branco tira dos ares os aviões da empresa que era o símbolo da aviação nacional e faz um leilão com suas quinquilharias - ops... quinquilharias não, porque a Panair tinha um padrão e era esse: talheres de prata, copos de cristal, porcelanas Limonge, tudo para sustentar o glamour que pairava sobre a atividade naquela época. Mas porquê tal assalto? 
A resposta não ficou bem clara ainda hoje, e a história que estava engasgada na garganta dos ex-funcionário, ou melhor, da "Família Panair", é contada pelos órfãos da empresa no documentário Panair do Brasil, de Marco Altberg - vale a pena assistir! O filme mostra a força da memória de uma gente que sofreu uma das piores formas de coersão: a jurídica e apresenta (para quem não conhecia a história, como eu) mais um capítulo podre da nossa ditadura. A belíssima letra da canção Conversando no Bar de Milton Nascimento e  Fernando Brant, interpretada, claro, pela maravilhosa Elis Regina, é uma resposta para quem pensava que era possível calar, ainda mais quando o que se queria era gritar. O título, a primeira vista nada sugere, mas o que vem com ele é de uma riqueza que só os grandes artistas alcançam. Eis o traleir do filme: